"Dos R$ 60 mil, que já estavam atrasados, apenas R$ 15.306,68 foram repassados nesta sexta para AATR".
A Prefeitura e Câmara Municipal de Mimoso do Sul não
cumpriram com o convênio firmado para que a Associação de Apoio Terapêutico
Reviver (AATR) tivesse condições mínimas para cuidar dos idosos e deficientes
que foram desalojados em 2015 por ordem judicial de uma instituição no
município. Dos R$ 60 mil, que já estavam atrasados, apenas R$ 15.306,68 foram repassados nesta sexta para AATR.
De acordo com a coordenação da AATR, os R$ 60 mil, somados,
são para pagar compromissos de fornecedores e os salários dos colaboradores. O
que acontece é que esta novela não tem como mais ser assistida sem que os
atores, no caso os acolhidos e os funcionários, fiquem prejudicados.
Nesta sexta -feira (30), dos R$ 20 mil restantes referentes ao mês de dezembro do convênio com as casas lares de idosos e
residência inclusiva, a prefeitura repassou o valor de R$ 5.306,68. Mesmo com
sob pressão e lobby para que a Câmara Municipal aprovasse o parcelamento do
Iprev (Instituto de Previdência dos Servidores).
A Câmara Municipal de Mimoso do Sul não cumpre o compromisso
desde novembro e do montante acumulado em R$ 40 mil, apenas R$ 10 mil foram repassados.
Em rede social a prefeita garantiu que se os vereadores
votassem o parcelamento do IPREV, o repasse integral seria feito nesta sexta, o
que não ocorreu.
Conforme o coordenador do Centro Reviver de Estudos e
Pesquisas sobre Álcool e Outras Drogas (Crepad), Roney Moraes, houve uma coação
para que a AATR interferisse no processo político sob ameaça do não cumprimento
do acordo. Nem com os apelos dos funcionários para que a prefeita não ficasse
inelegível, caso não conseguisse parcelar o Iprev, foi suficiente para que a
palavra fosse mantida.
Flávia chegou a sugerir uma imediata conversa com Marcelo
Pessanha para fazer uma ponte com o novo presidente. “Eu posso deixar o processo como resto a
pagar de exercícios anteriores, para
pagar em Janeiro”, jogando a responsabilidade para a administração vindoura.
A coordenadora geral da AATR, Érika Lopes Faria, respondendo
aos apelos da prefeita, disse entender todas as dificuldades. Porém, a Reviver
não pode arcar com as dívidas do hospital, Iprev, etc. “A nossa parcela é
irrisória em comparação às das demais Instituições”, ressaltou.
O caso é grave, pois o valor não dá para pagar funcionários,
fornecedores e manter a alimentação dos acolhidos (responsabilidade da
prefeitura). As coordenações estudam a melhor forma para resolver a situação.
Caso continue poderá entregar os serviços de cuidado dos idosos e deficientes à
prefeitura.
No grupo S.O.S Casa Reviver, estão o presidente da Câmara
Municipal de Mimoso, Marcelo Pessanha, e a prefeita Flávia Cysne que até o
momento não dissera o motivo do repasse ser tão inferior ao acordado no ato do
convênio.
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