sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Menos da metade é repassado à Reviver


"Dos R$ 60 mil, que já estavam atrasados, apenas R$ 15.306,68 foram repassados nesta sexta para AATR". 

A Prefeitura e Câmara Municipal de Mimoso do Sul não cumpriram com o convênio firmado para que a Associação de Apoio Terapêutico Reviver (AATR) tivesse condições mínimas para cuidar dos idosos e deficientes que foram desalojados em 2015 por ordem judicial de uma instituição no município. Dos R$ 60 mil, que já estavam atrasados, apenas R$ 15.306,68 foram repassados nesta sexta para AATR.

De acordo com a coordenação da AATR, os R$ 60 mil, somados, são para pagar compromissos de fornecedores e os salários dos colaboradores. O que acontece é que esta novela não tem como mais ser assistida sem que os atores, no caso os acolhidos e os funcionários, fiquem prejudicados.

Nesta sexta -feira (30), dos R$ 20 mil restantes  referentes ao mês de dezembro  do convênio com as casas lares de idosos e residência inclusiva, a prefeitura repassou o valor de R$ 5.306,68. Mesmo com sob pressão e lobby para que a Câmara Municipal aprovasse o parcelamento do Iprev (Instituto de Previdência dos Servidores).

A Câmara Municipal de Mimoso do Sul não cumpre o compromisso desde novembro e do montante acumulado em R$ 40 mil, apenas R$ 10 mil foram repassados.
Em rede social a prefeita garantiu que se os vereadores votassem o parcelamento do IPREV, o repasse integral seria feito nesta sexta, o que não ocorreu.

Conforme o coordenador do Centro Reviver de Estudos e Pesquisas sobre Álcool e Outras Drogas (Crepad), Roney Moraes, houve uma coação para que a AATR interferisse no processo político sob ameaça do não cumprimento do acordo. Nem com os apelos dos funcionários para que a prefeita não ficasse inelegível, caso não conseguisse parcelar o Iprev, foi suficiente para que a palavra fosse mantida. 

Flávia chegou a sugerir uma imediata conversa com Marcelo Pessanha para fazer uma ponte com o novo presidente.  “Eu posso deixar o processo como resto a pagar de exercícios  anteriores, para pagar em Janeiro”, jogando a responsabilidade para a administração vindoura.

A coordenadora geral da AATR, Érika Lopes Faria, respondendo aos apelos da prefeita, disse entender todas as dificuldades. Porém, a Reviver não pode arcar com as dívidas do hospital, Iprev, etc. “A nossa parcela é irrisória em comparação às das demais Instituições”, ressaltou.

O caso é grave, pois o valor não dá para pagar funcionários, fornecedores e manter a alimentação dos acolhidos (responsabilidade da prefeitura). As coordenações estudam a melhor forma para resolver a situação. Caso continue poderá entregar os serviços de cuidado dos idosos e deficientes à prefeitura.


No grupo S.O.S Casa Reviver, estão o presidente da Câmara Municipal de Mimoso, Marcelo Pessanha, e a prefeita Flávia Cysne que até o momento não dissera o motivo do repasse ser tão inferior ao acordado no ato do convênio.

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